Desafios no pagamento do IPVA 2024: impacto nas finanças
De acordo com um levantamento recente da Serasa, em parceria com a fintech Zapay, 42,2% dos brasileiros ainda não realizaram o pagamento do IPVA referente ao ano de 2024. Entre os motoristas que já quitaram o imposto, mais da metade (53,2%) optaram pelo parcelamento para facilitar o desembolso.
Esses dados levantam questões importantes sobre o impacto financeiro do IPVA no orçamento familiar dos brasileiros. A inadimplência pode estar relacionada ao peso significativo desse imposto nas despesas anuais das famílias, especialmente em um cenário econômico desafiador.
Por que o IPVA pesa tanto no orçamento?
Um dos fatores que exemplifica o impacto do IPVA é observar o custo relativo do imposto em relação ao salário mínimo. Em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde a alíquota do IPVA é de 4%, o imposto sobre um veículo avaliado em R$ 27.545 corresponde a 78% do salário mínimo de R$ 1.412.
Para onde vai o dinheiro do IPVA?
O IPVA é um imposto estadual, sendo que metade do valor arrecadado é destinado ao município onde o veículo está registrado e a outra metade ao governo do estado. Esses recursos são utilizados para melhorar setores essenciais como saúde, segurança e educação, beneficiando a qualidade de vida da população.
Arrecadação do IPVA: panorama atual
Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), a arrecadação do IPVA está em alta. Em 2023, foram recolhidos R$ 81,02 bilhões, um aumento de 23,6% em relação ao ano anterior. Esse crescimento reflete o aumento dos preços dos veículos, que elevam o valor do imposto pago pelos proprietários.
Disparidade na arrecadação estadual
Existe uma grande diferença na arrecadação do IPVA entre os estados brasileiros. São Paulo lidera com uma arrecadação de R$ 28,3 bilhões, enquanto Roraima registrou a menor arrecadação, com apenas R$ 121.734 em 2023. Essa disparidade reflete as diferenças econômicas e o número de veículos nas diversas regiões do país.
Principais motivos para o aumento na arrecadação
O presidente do IBPT, João Eloi Olenike, aponta que o aumento dos preços dos veículos é o principal fator que levou ao crescimento na arrecadação do IPVA. Com valores de mercado mais altos, o imposto proporcionalmente aumenta, gerando mais receita para os estados e municípios.
- Metade da arrecadação do IPVA é destinada às cidades onde os veículos estão registrados.
- O imposto é essencial para o financiamento de serviços públicos essenciais, como saúde e educação.
- A variação dos preços dos carros impacta diretamente o valor do IPVA, contribuindo para o aumento na arrecadação.
Em suma, a crescente arrecadação do IPVA e a alta taxa de inadimplência são sinais de um cenário complexo, onde o imposto representa uma pesada carga financeira para muitos brasileiros. A administração eficaz destes recursos é crucial para assegurar que seus benefícios retornem de forma concreta à sociedade.
Fecomércio AM alerta sobre os impactos da Reforma Tributária para as empresas do Simples Nacional
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas (Fecomércio AM) manifesta preocupação com os potenciais efeitos da Reforma Tributária nas empresas optantes pelo Simples Nacional, que são as microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). De acordo com estudo divulgado, nesta semana, pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), as mudanças na estrutura tributária podem elevar a carga fiscal para muitas dessas empresas.
O presidente da Fecomércio AM, Aderson Frota, destaca que o setor de serviços é o mais representativo no Simples Nacional, abrangendo 62% das empresas, o que corresponde a 11 milhões de negócios em todo o país. E, segundo o estudo, 40% dessas empresas têm até dois anos de existência e 27% entre três e cinco anos.
“Esses novos empreendimentos podem não suportar o impacto das mudanças tributárias propostas, correndo o risco de fechar as portas”, ressaltou o presidente.
O estudo conclui que as empresas do Simples Nacional podem perder competitividade em relação às empresas do Lucro Real, devido à implantação de um novo IVA (Imposto sobre Valor Agregado) que cria créditos fiscais que estas últimas poderão utilizar. Essa situação pode resultar em ajustes de preços e diminuição das margens de lucro para as empresas do Simples Nacional.
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